'Não entramos em pânico', diz comandante do Nativo após resgate
Passar a madrugada à deriva em alto mar não é uma experiência das melhores. Mas foi exatamente assim que os seis tripulantes do Nativo, embarcação participante da Regata Recife/Fernando de Noronha (Refeno), ficaram durante horas. Aproximadamente às 23h do último sábado, um dos cabos de sustentação do barco pernambucano rompeu. Foi o suficiente para o Nativo capotar a cerca de 50 quilômetros da costa de Natal (RN), em um mar completamente agitado. Experientes, os velejadores mantiveram a calma e acabaram sendo todos reasgatados por um navio da Capitania dos Portos.
Em entrevista ao G1, o capitão do Nativo, Jorge Neves, falou da tranquilidade que acabou os salvando. "Não entramos em pânico. Largamos às 14h e durante a noite estávamos com uma velocidade muito alta, perto de 20 nós, o que é muito para o veleiro. O vento também estava muito forte. Depois de bater em muitas ondas, o crossbeam (viga de sustentação do barco) quebrou. O barco capotou e ficou emborcado", relatou.
Após o acidente, os tripulantes ficaram em cima do barco (emborcado), esperando o sol nascer para depois partir na bolsa salva-vidas rumo a Natal, com a ajuda da corrente marítima. "Estávamos sem os equipamentos de navegação e solicitação de socorro. Pelas estrelas e sol, sabíamos que a balsa estava no caminho do continente", disse Jorge.
A organização da Refeno teve o último contato com o Nativo às 23h30 do sábado. Os tripulantes foram resgatados no fim da manhã desta segunda-feira (29). Todos eles passarão a noite em Natal.